Rainbow
- Jeferson Kessler
- 9 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
No dia 21 de junho de 2017, aconteceu em São Paulo a 21ª Parada do Orgulho LGBT, a Associação da Parada do Orgulho LGBT é a ONG responsável pela Parada, que é a maior do mundo!
A ONG também é responsável por vários projetos e atividades realizadas na Parada e durante todo o ano.
Eu começo meu texto falando da Parada Livre de São Paulo, porque é muito interessante o modo como ela é realizada. Durante todo o mês de junho são realizadas atividades, abrindo o mês do Orgulho LGBT.
São realizados debates sobre temáticas que envolvem a comunidade LGBT, cidadania, direitos humanos, saúde, educação, população de rua, inclusão e terceira idade. Temas que focam a realidade da população LGBT levando para toda a sociedade os problemas enfrentados.
Outra atividade muito interessante, foi o plantio de mudas de arvores para cada vitima de LGBTfobia.
Além das mostras de cinema com filmes e documentários, foi realizado uma Feira Cultural para divulgar a cultura LGBT através de ações e apresentações de artistas LGBTs e apoiadores, divulgar os trabalhos das ONGs, divulgar e comercializar bens, produtos e serviços incentivando o micro e pequeno empresário.
Este modelo me fez pensar e refletir muito. Todas as críticas feitas sobre a Parada Livre são feitas a partir do que a mídia fala e mostra, juntando com as pessoas mal-intencionadas que tentam denegrir com a imagem do evento. Quantos de nós sabíamos de toda essa estrutura e eventos realizados durante todo o mês? Dentro do próprio meio LGBT existem criticas ao evento, o modo como é feita, mas quantos participam e opinam sobre esse formato? Quantos participam de eventos realizados pelas ONGs? É comum (e eu já disse isso) ouvir que a Parada Livre não nos representa, mas a visibilidade e a importância do evento vão além de nossos olhos, é preciso refletir sobre essa ação, porque a Parada Livre é sim um momento de festa, mas principalmente para mostrar nossa luta e nosso orgulho em ser quem nós somos.
É um momento para refletirmos sobre toda a nossa luta diária, sobre o que já passamos, pelos amigos/familiares que foram vitimas de LGBTfobia.
Lembrando que o evento somos nós quem fazemos, então todas as atitudes que uma minoria faz, infelizmente reflete no total.
Encerro meu texto pedindo para que sejamos mais participativos, se na minha cidade eu não estou contente com o movimento, que se erga a cabeça, levante a bandeira e juntos vamos à luta. O mínimo que cada um pode ajudar já se torna um grande passo.
“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”
Jeferson Kessler é voluntário da ONG Identidade LGBT

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